Da
série “o que escrever sobre Lisboa que ainda não tenha sido dito?”, surgem as
curvas e contracurvas do MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia.
Inaugurada recentemente, esta obra de arquitetura, que alguns chamam de
escultura, é uma visita obrigatória. A sintonia das suas linhas na paisagem
ribeirinha faz música. A cerâmica branca das suas paredes, a imitar escamas, faz
a luz refletir... ainda mais. Tudo parece ter sido pensado ao pormenor. Dizem
que sim. Amanda Levete, a arquiteta, “olhou para o
rio durante o desenho do museu” e inspirou-se na “luz, na incrível luz
mediterrânica”. Não percebo nada de arquitetura, mas soou-me perfeito.
A
Torre de Belém mantém-se lá majestosa, contando a história de Portugal. O
Padrão dos Descobrimentos não nos deixa esquecer o nosso passado conquistador e
a nossa abertura ao mundo. E agora temos o MAAT, uma obra do seu tempo, leve,
minimalista, sustentável, high-tech. Uma espécie de Ma’at, deusa da justiça e
da ordem na religião egípcia, que veio “reavivar e moldar a
margem do Tejo e religá-la com a cidade”.
Uma visita que se faz por dentro e por fora. Fica a dica!
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