Lia em
algum sítio: “a felicidade mora dentro de nós”. Um daqueles clichês que me fez
lembrar de uma conversa com um amigo em que falávamos sobre as sinuosidades da
felicidade e constatávamos que é grande a tendência em reduzir a felicidade ao
Ter... sucesso, trabalho, casa, imagem, dinheiro, amigos, relacionamentos
amorosos, filhos/as... Tudo importante, mas igualmente frágil. Como assentar a
felicidade apenas no que é externo a nós? Ao fazê-lo vivemos uma espécie de voyeurismo com a felicidade e flirtamos
com ela na espera de cumprir o “felizes para sempre”, esquecendo que a
felicidade é sentida, não é tida. Queremos uma felicidade a tempo inteiro e por
isso transformamo-la numa montra, que pulula por todo o lado, esquecendo que para
se ser feliz não é preciso rejeitar a tristeza e os dissabores. A felicidade também
(o)corre
entre as imperfeições dos dias tumultuados.
Tenho de
concordar com o cliché: “a felicidade mora dentro de nós”. Mora em tons mais
simples e em formatos menos polidos. Mora na forma como lidamos com o que
pensamos e com o que sentimos e como vivemos com o que temos. Na forma como
integramos o passado e nos libertamos do futuro. Na forma como tomamos as
nossas decisões e lidamos com as suas consequências. Na forma como somos e nos
aceitamos. Ser feliz é uma escolha, nem sempre fácil, que chega na medida certa
quando vem de dentro, e que (se) transborda quando é transformada em caminho. E
se há coisa que dividida pode somar, além do amor, é a felicidade.
Lia em algum sítio: “a
felicidade mora dentro de nós”. Um daqueles clichês que eu gosto!
Sem dúvida, Vera, a felicidade é uma escolha. Tudo depende da nossa perspetiva. Se virmos os acontecimentos do ponto de vista de querer ser feliz, então perceberemos que o nosso "olhar" é que faz o sentir.
ResponderEliminarBeijo
João