O que é
ser uma pessoa forte?
Tenho
pensado sobre isso...
Sempre
admirei pessoas fortes. Daquelas que não perdem tempo a lamentar-se, que vão e
fazem sem se esquecer de colocar uma pitada de generosidade no que dão.
Daquelas que não precisam da força física para mostrar que são resistentes. Daquelas
que mesmo depois da queda se levantam com dignidade, como prova de carácter, e
iluminam a vida (dos outros) com um sorriso espontâneo. Daquelas que sabem que
sem esforço não há resultados e que foi esse esforço que as tornou mais fortes.
Daquelas que não deixam que ninguém decida a sua vida por si e que assumem as
consequências das suas escolhas, sendo protagonistas das suas próprias vidas. Daquelas que não choram e não gritam, mesmo
quando desfeitas por dentro.
Sempre
admirei pessoas fortes, porque achava que elas sofriam menos. Não podia estar
mais errada. Sempre quis ser uma pessoa forte e durante muito tempo a
imaturidade fez-me confundir força com ausência de sentimento. Não podia estar
mais errada. Construímos a força vestindo fatos de ‘super-heróis’ (ou de
super-vilões). Vesti-los torna-se uma necessidade, escolhê-los uma questão de
sobrevivência. Alter-egos que nos trazem uma sensação de bem estar e de
segurança, que ocultam as nossas fraquezas e cansaços, e que reforçam as
certezas dos motivos da sua criação. Como deixar de os vestir e encenar? Como
abandonar essa sensação tão boa (como altiva) de força, poder e indispensabilidade.
Passado um tempo são eles que nos vestem, e nós tornamo-nos, simultaneamente, seu
espelho e reflexo. E debatemo-nos, imobilizados pela própria imagem que
criamos.
O que é
ser uma pessoa forte?
Só sei que
não é ser ‘super-herói’.
Tenho pensado nisso...
Tenho pensado nisso...
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