Ontem participei na
Biblioteca Humana Feminista, integrado na programação do II Encontro Nacional de Jovens
Feministas. O convite chegou com sabor a desafio ... “imagina uma
prateleira cheia de livros fantásticos e estórias inesquecíveis que desafiam a
tua visão do mundo, derrubam barreiras, enriquecem a tua realidade... Imagina
agora que esses livros podem falar, responder às tuas perguntas, ter uma
conversa contigo. Não seria espetacular?” Como dizer não a um convite destes?
Uma ‘rebeldia’ chamada viajar sozinha foi o título que dei ao meu livro. Estava
empolgada. Mas será que o título do livro estava capaz de cativar, surpreender
ou inspirar? Seria o livro requisitado e tirado da estante? Uma estante recheada
de bons livros e boas histórias.
Falei
mais de duas horas, com pessoas diferentes, sobre as minhas viagens. Não sobre
roteiros, mas sobre experiências, deixando ao/à leitor/a espaço para imaginar
as personagens e os locais descritos, e ao livro margem para se reinventar. Não
fosse a leitura uma arte solidária e de dádiva. Num ambiente descontraído, com
pessoas bem dispostas, as perguntas foram muitas, tantas quanto as
curiosidades... afinal, todos/as concordavam que o mundo continua a ser um
lugar mais perigoso para as mulheres do que para os homens.
Regressas
a casa com a sensação de que recebeste muito mais do que deste. E que duas
horas, afinal, é muito pouco para o tanto que podes partilhar. E há um momento
em que suspendes o tempo, olhas para o entusiasmo com que estás a falar, e
percebes o que te faz feliz.
Olá, Vera. Se eu fosse um livro estaria, com certeza, sempre em atualização de conteúdos, os quais seriam tão variados que ninguém os leria. Lembrei-me da temática que tive de desenvolver para acesso à universidade: "Ler é lutar". Próprio do pós-25, mas a qual abordei na ótica de George Bataille, acabando por reprovar com 9 a Português, porventura pela ousadia, assim como pela ignorância de quem corrigiu, penso eu...
ResponderEliminarBeijo.