Vais para aí? Perguntam-te quando viajas.
Uns dizem-te: _ que cidade maravilhosa!!. Para outros: _ ui, mas essa cidade não tem nada de especial. Outros ainda comentam:
_ com tantas cidades bonitas vais mesmo
escolher essa? A pergunta coloca-se. O que faz de uma cidade mais bonita
do que outra? O que nos liga mais a uma cidade do que a outra? Perguntas que
não sendo novas, retomei nesta minha última saída para a Corunha. Com grandes
expectativas, minhas e criadas por outros, várias vezes verbalizei, talvez menos
vezes do que as que pensei, que continuava a gostar muito mais de Baiona. É verdade que isso não retira a beleza e os encantos da cidade, mas não deixa de a esvaziar da ligação emocional.
Poderia esgrimir aqui vários argumentos para responder a esta
questão. Todos eles falíveis, por estarem alicerçados em gostos, experiências,
preferências e afeições (que não são discutíveis!!). Acho que o que faz uma
cidade mais bonita do que outra é tornar-se uma casa espaçosa no coração. Ser
um lugar onde a alma se desprende de nós e fica a vaguear pelas ruas, permitindo
constantes regressos. Aqueles lugares onde a alma viu as pessoas, esbarrou com
os sorrisos, olhou os seus deuses, cores e culturas, cheirou os aromas e espantou-se
com os recantos. Lugares que nos “curam” e onde nunca nos sentimos sozinhos/as.
Daqueles para onde queremos sempre voltar, para ir buscar um pouco da alma que
por lá ficou.
O que faz a “tua” cidade ser mais bonita do que as outras?
O que faz a “tua” cidade ser mais bonita do que as outras?
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